sábado, 7 de maio de 2011

Folha de Londrina- Azeite de Oliva

Matéria publicada na Folha de Londrina dia 8 de fevereiro de 2011

http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--3206-20110208

SUAS COMPRAS - Azeite de oliva: companheiro saudável

Edinho Irizawa
A nutricionista Kátia Tookuni sugere o consumo de duas colheres de sopa de azeite de oliva ao dia
A função do azeite de oliva vai além de simplesmente dar sabor aos alimentos. Rico em vitaminas e ácidos graxos monoinsaturados, esse poderoso antioxidante auxilia na prevenção de câncer, envelhecimento e celulite, ajuda a reduzir o colesterol ruim do sangue e, em geral, melhora o bem-estar do organismo. O consumo desse produto vem crescendo anualmente no País, o que revela a preocupação dos brasileiros com hábitos mais saudáveis.

De acordo com Claudia Gacitúa, especialista em azeite da Síbaris Produções Gastronômicas, de São Paulo, o Brasil é um dos maiores consumidores do mundo. Nos últimos anos, a procura do azeite de oliva espanhol, por exemplo, vem elevando e colocando o País entre os 10 maiores consumidores do produto. Em 2010, as exportações ao Brasil somaram quase 11 milhões de quilos.

Os tipos mais consumidos são os blends - uma mistura de azeite de diferentes variedades de azeitonas. ''Esses blends suavizam e equilibram o azeite e em conjunto somam o melhor de cada variedade. Geralmente são feitos a partir de duas ou três variedades e seus aromas e sabores são muito mais sutis e fáceis de utilizar'', explica. Ela observa também que o uso ainda é muito baixo entre os brasileiros, se comparado com outros países como Grécia, Itália e Espanha, os quais têm uma cultura gastronômica de consumo de azeite há milhares de anos. ''É um alimento importantíssimo na dieta mediterrânea''.

A nutricionista funcional Kátia Tiemi Tookuni explica que o corpo precisa de gordura para ter saúde, formar hormônios e células, mas é necessário ingerir gorduras que fazem bem, como as presentes no azeite de oliva, que possui 77% de monoinsaturada, 14% de saturada, 1% de ômega 3 e o restante se divide em outros tipos de gorduras. ''O azeite de oliva pode ser usado inclusive nas dietas equilibradas para perda de peso'', afirma.

O consumo diário indicado pela profissional é de duas colheres de sopa ao dia, que podem ser divididas nas principais refeições: uma colher de sobremesa no café da manhã para acompanhar o pão, invez de manteiga ou margarina e as outras duas nas saladas do almoço e jantar. Ela atenta que o consumo superior a essa quantidade não é indicado devido às calorias presentes no produto, ''que são as mesmas de demais óleos de soja ou canola''.

O azeite de oliva é uma ótima fonte de vitamina E, melhora (ou auxilia) a absorção de vitaminas A, D, E e K e principalmente E. Além de diminuir o risco de ocorrência de doenças coronárias, ajuda a prevenir a arteriosclerose, melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas, acelera as funções metabólicas e favorece a absorção do licopeno (que auxilia na prevenção de câncer, envelhecimento e celulite). O produto ajuda a hidratar a pele e também protege e tonifica a epiderme. O preço fica em torno de R$ 8,99 para o vidro de 250 ml.

Cuidados com o produto preservam suas propriedades

Ao escolher o azeite de oliva é necessário considerar alguns fatores. A nutricionista funcional Katia Tiemi Tookuni ensina que o extraído a frio é melhor por sofrer menos perda das propriedades. Outro ponto importante é a acidez, que deve chegar ao máximo de 0,5%. O produto deve estar envazado em garrafa de vidro de cor escura (verde, azul ou preta) porque a luz faz a gordura oxidar e ocorrer mais perda de nutrientes. O azeite deve ser armazenado em local fresco. Em cidades ou ambientes muito quentes deve ser guardado na geladeira.

Quando levado a temperaturas acima de 170 graus, o azeite sofre mudanças de suas propriedades e começa a formação de acroleína (substância cancerígena), por isso, ao utilizá-lo em refogados ou frituras, por exemplo, não deixe fazer fumaça. Uma dica da nutricionista para legumes é cozinhá-los no vapor previamente, deixando-os al dente, para depois refogar. ''Dessa maneira, evitamos que o azeite fique muito aquecido e também temos uma opção de cardápio diferenciada'', diz. (A.V.)

Aline Vilalva
Reportagem Local

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